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30 junho 2011

Quem são meus alunos e quais suas necessidades?

Basta olharmos para as escolas atuais que perceberemos facilmente que o público presente nelas é muito diferente do público que existia nas escolas há algumas décadas atrás. Antigamente as escolas eram excludentes e segregavam como se a separação fosse uma ação natural e esperada por parte das escolas. Entretanto, como o
passar do tempo, com a compreensão e a aceitação das diferenças esse cenário começa a
mudar.
Para Morais (2011) a partir da década de 80 surgem várias formas de se ensinar e o professor passa a ter uma nova função social. Dentro dessa nova função passa a ser
necessária uma total mudança na visão de mundo e de homem, passa a ser necessária a
construção de um novo profissional. É preciso agora compreender e trabalhar com a
diversidade humana presente na sociedade e na escola, assim como desenvolver
inúmeras habilidades profissionais e interpessoais.
O ensino inclusivo é a prática de inclusão de TODOS – independente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou origem cultural em salas de aulas regulares, onde o ensino é de qualidade (Stainback & Stainback, 1999). Trabalhar com TODOS os alunos é um desafio que se coloca para os professores e para aturar com a diversidade é necessário que o professor não seja mais o centro das atenções, que passe a compreender seus alunos, quem eles são, as necessidades de cada um, como cada um
aprende e qual o momento de aprendizagem deles.
É necessário ressaltar também que o que se deseja não é somente uma escola inclusiva e sim uma sociedade mais igualitária, justa e verdadeiramente democrática.
Assim, devemos necessariamente educar nossas crianças e jovens dentro dessa nova perspectiva. Devemos ter cuidado com o que ensinamos para as crianças nas escolas por
meios de falas, gestos ou omissões. Pois como afirma Mantoan (2003) quando as escolas são excludentes, o preconceito fica inserido na consciência de muitos alunos quando eles se tornam adultos, o que resulta em maior conflito social e em uma competição desumana.