Blog que discute temas diversos sobre educação, psicologia e cultura.

08 setembro 2019

O silêncio dos homens | Documentário completo

07 junho 2014

Hoje a frase que me impactou foi essa: “A proibição do desejo simplesmente não funciona”, de Karam (2011).

Proibir desejos, sonhos, ideias revolucionárias, vozes marcantes, cortantes, mudanças possiblidades... Existe tanto medo em torno da mudança que acaba vindo governos, ditaduras, teorias, dizendo para não se mover. Difundindo um medo infundado do desconhecido, daquilo que pode ser muito pior do que já é... Mas e se não for? E se for melhor, mais mágico, mais agradável?
A ideia não é proibir o desejo, é refletir sobre ele, é poder senti-lo, é poder decidir conscientemente se o melhor é dar vasão à realização do desejo, ou adiá-lo por uma gratificação posterior.
Educação, consciência, reflexão - essas sim deveriam ser palavras de ordem!

Por menos proibição e por mais consciência crítica e reflexiva!

12 abril 2013

Democracia

Para compreender a democracia é necessário buscar sua origem e compreender seus aspectos históricos. Assim vamos retornar alguns aspectos da história da democracia grega e compreender seus avanços e suas falhas. Olhando para a história percebemos que o primeiro povo a interessar-se de forma substancial pela política, pela administração pública, propondo debates e demonstrando consciência em relação à participação dos cidadãos, foi o povo grego. Na Grécia todos os cidadãos deveriam participar das decisões políticas e aqueles que se negassem a participar eram maus vistos por seus conterrâneos. A base da democracia grega era a igualdade e a participação. Para isso eles utilizavam o sistema de sorteio, evitando a formação de uma classe de políticos separada do povo. Todos poderiam participar e evitar-se-ia a alienação política. Entretanto, é importante ressaltar que apenas a minoria era considerada cidadão para aquele povo. Somente as pessoas do sexo masculino, nascido na própria cidade e filhos de pais gregos poderiam participar da forma ativa das decisões políticas. As mulheres, os escravos e os estrangeiros eram proibidos de fazerem parte desse processo. Percebe-se assim que apesar de os gregos demonstrarem o gérmen da democracia, havia ali exclusão e vários aspectos a serem superados. Para fazer com que a democracia se efetivasse a Grécia tinha algumas instituições como, por exemplo, o Conselho dos 500, que era responsável pela administração da polis; a Ecclesia, uma assembléia geral que reunia o povo para debater questões públicas e escolher os magistrados eletivos e os magistrados, como os estrategos, que formavam uma espécie de estado-maior que reunia os comandantes militares que chefiavam os soldados de infantaria em tempos de guerra. Outro aspecto a ser lembrado quando se fala em democracia é que devemos tomar cuidado quando a opinião da maioria sempre é a que prevalece. A sociedade não é feita somente pela maioria, existe uma minoria que tem iguais direitos, deve ser ouvida e levada em consideração. Democracia não é sinônimo de maioria. Assim não podemos esquecer que foi a maioria do povo ateniense que condenou Sócrates a morte, por não suportar ouvir seus questionamentos. A Grécia desenvolveu ainda uma interessante forma de punição política, o Ostracismo. Significava a expulsão política e o exílio por um tempo de 10 anos daquelas pessoas que eram consideradas nocivas à democracia. Era uma prática civilizada, pois não executava o adversário político e não se tocava em sues bens. O estado também não causava danos a seus familiares, que ficavam sob proteção. Cumpridos os dez anos de exílio, a pessoa poderia retornar e assumir plenamente os seus direitos de cidadania. Falar de democracia não é uma tarefa fácil. Vivemos em uma sociedade que se diz democrática, mas presenciamos diversas situações que questionam essa verdade. Desejamos uma democracia verdadeira, mas ao mesmo tempo tememos que não se concretize. Isso ocorre devido às mazelas que presenciamos na sociedade. Desejamos, mas muitas vezes não atuamos a favor dela. Impera a paralisia, a apatia e a alienação, que precisa ser combatida por meio da consciência de que a democracia é uma construção de todos nós, enquanto sociedade e de cada um, individualmente.

17 janeiro 2012

Fases do desenvolvimento de equipes




Autora: Glacy Daiane Barbosa Calassa – psicóloga

As organizações, para terem sucesso necessitam de equipes bem estruturadas, na qual cada uma realiza sua função com a máxima eficiência e consciente de que seu desempenho interfere no todo. Entretanto, as equipes não “nascem” prontas, ao contrário, elas passam por diversas fases desde a sua formação.
A fase inicial que a equipe passa é justamente a formação, na qual os indivíduos estão entusiasmados, mas ainda não há uma sistematização sobre como irão funcionar e esse fato pode gerar incertezas e inseguranças.
A segunda é a fase do conflito, que ocorre por questão de poder e definição de papéis. Nesse momento, será necessário muito suporte e negociação, pois além de existir possibilidade do desempenho cair, também existe a possibilidade de surgirem conflitos emocionais e sofrimento.
Logo após, vem a fase de normatização na qual os membros começam a compreender e aceitar os papéis de cada um. Podemos dizer que ocorre uma troca efetiva de saberes.
Após esse trajeto, a fase da maturidade enfim é alcançada e a equipe tem excelentes resultados e funcionam como em uma orquestra. Por último, ocorre a fase da finalização na qual a equipe pode se separar por motivos diversos. Entretanto, eles levaram o aprendizado e a gratificação.

30 junho 2011

Quem são meus alunos e quais suas necessidades?

Basta olharmos para as escolas atuais que perceberemos facilmente que o público presente nelas é muito diferente do público que existia nas escolas há algumas décadas atrás. Antigamente as escolas eram excludentes e segregavam como se a separação fosse uma ação natural e esperada por parte das escolas. Entretanto, como o
passar do tempo, com a compreensão e a aceitação das diferenças esse cenário começa a
mudar.
Para Morais (2011) a partir da década de 80 surgem várias formas de se ensinar e o professor passa a ter uma nova função social. Dentro dessa nova função passa a ser
necessária uma total mudança na visão de mundo e de homem, passa a ser necessária a
construção de um novo profissional. É preciso agora compreender e trabalhar com a
diversidade humana presente na sociedade e na escola, assim como desenvolver
inúmeras habilidades profissionais e interpessoais.
O ensino inclusivo é a prática de inclusão de TODOS – independente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou origem cultural em salas de aulas regulares, onde o ensino é de qualidade (Stainback & Stainback, 1999). Trabalhar com TODOS os alunos é um desafio que se coloca para os professores e para aturar com a diversidade é necessário que o professor não seja mais o centro das atenções, que passe a compreender seus alunos, quem eles são, as necessidades de cada um, como cada um
aprende e qual o momento de aprendizagem deles.
É necessário ressaltar também que o que se deseja não é somente uma escola inclusiva e sim uma sociedade mais igualitária, justa e verdadeiramente democrática.
Assim, devemos necessariamente educar nossas crianças e jovens dentro dessa nova perspectiva. Devemos ter cuidado com o que ensinamos para as crianças nas escolas por
meios de falas, gestos ou omissões. Pois como afirma Mantoan (2003) quando as escolas são excludentes, o preconceito fica inserido na consciência de muitos alunos quando eles se tornam adultos, o que resulta em maior conflito social e em uma competição desumana.

07 junho 2011

Professor pesquisador

A formação de professores é um tema de ampla relevância e que deve ser discutido por todos aqueles que desejam uma educação de qualidade e verdadeiramente democrática. Essa formação deve ser voltada para a criticidade, a reflexão e a transformação.
Desde o início do curso de graduação os “candidatos a professores” devem ter contato íntimo e diário com a investigação e a pesquisa, pois somente dessa forma irão despertar o “espírito pesquisador”, tão necessário para desenvolver e manter a curiosidade e a paixão das crianças pelo conteúdo ministrado. O professor pesquisador deve passar para os alunos a importância da dúvida, da investigação e da pesquisa.
Poderíamos elencar várias qualidades necessárias para ser um bom professor, entretanto duas delas são as que devem ser ressaltadas: ser apaixonado pelos estudos, pela pesquisa e conseguir passar essa paixão aos alunos. Essas qualidades são importantes, visto que o professor não é um mero transmissor do conteúdo e nem o estudante um mero receptor passivo. Ao contrário, o professor deve ser um mediador do conhecimento e o estudante deve desenvolver a criticidade, a reflexão e atuar como agente transformador da realidade social na qual está inserido.
Diante do exposto, o desafio é educar jovens e adultos propiciando-lhes um desenvolvimento cultu¬ral, científico e tecnológico para enfrentar as exigências do mundo contemporâneo.
A pesquisa não deve ficar restrita ao mundo universitário, ao contrário, ela deve estar presente em toda prática docente e nas atividades discentes.

Aula-oficina


O Brasil é um país multicultural, assim a diversidade está presente em todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas. Diante desse fato, o professor deve ter uma metodologia de ensino diversificada, que leve em conta a heterogeneidade presente na sala de aula e que respeite o ritmo de aprendizagem de cada aluno.
Uma das formas de trabalhar satisfatoriamente com a diversidade é a aula-oficina, pois por meio dela o aluno será o centro da aprendizagem. O objetivo é que o aluno seja ativo na construção de seu próprio conhecimento e que o professor seja verdadeiramente mediador.
Nesse espaço, o aluno terá liberdade para experimentar, tentar, errar e aprender com seu próprio erro, percebendo que ele faz parte do processo de aprendizagem. A aula oficina desperta a curiosidade e a motivação do aluno, assim ocorre o clima propício para a aprendizagem ocorrer. Entretanto, essa aula precisa ser muito bem planejada e elaborada para que não corra o risco de o aluno ficar “perdido”, sem orientação e apoio. Não basta o professor ter as ferramentas certas, é preciso saber utilizá-las, é preciso primar pela qualidade da aula.
O principal objetivo da educação não é a transmissão de conhecimentos, como se cada aluno não passasse de uma tabua rasa, e sim ensinar o aluno a aprender a aprender. Dessa forma estaremos formando uma pessoa insaciável de conhecimentos que buscará sempre estar conhecendo novos conceitos, experimentando coisas novas.

26 maio 2011

E agora, homem ou mulher?



A cultura tem um papel fundamental na construção da identidade de gênero e sexualidade. Antes mesmo da criança nascer já é criada toda uma expectativa em torno do gênero masculino ou feminino. Assim, se o sexo do bebê for masculino, os pais já imaginam ter um filho jogador de futebol, um garoto “pegador”, planejam colocar o filho na escolinha de futebol ou nas artes marciais e a decoração do quarto é feita em cor azul com figuras de carrinhos ou do homem aranha. Agora, se for mulher, pensam que a menina poderia ser modelo, que será uma moça comportada e delicada, com traços de princesa – com toda a força do simbolismo da palavra. O quarto é decorado em cor rosa, com figura da boneca Barbie. Dessa forma, antes de nascer a criança biológica, nasce uma criança na fantasia, no desejo, carregada de valores e expectativas.
Na infância, os pais, a igreja e a sociedade como um todo ditam as regras, o que é certo e o que é errado. Como mostra o filme, desde cedo é dito que meninos não brincam de boneca e meninas não jogam futebol. Os pais aparecem como um modelo a ser copiado ou rejeitado. Dessa forma, como afirma Simone de Beauvoir, vai-se tornando homem ou mulher, em um processo de construção e reconstrução constante. Logo, assimilam-se valores, crenças, regras e passa-se a acreditar que elas são corretas, são verdades absolutas. Esse processo cria nossa identidade, mas também pode gerar preconceitos, pois se existe o “certo”, passa a existir o “errado”. Assim, quando um menino é visto brincando de boneca, além de ser repreendido, é discriminado se persistir no comportamento considerado inadequado.
Percebemos que esse processo de construção da identidade, de tornar-se homem ou mulher, não é natural, inato, biológico, pelo contrário, é construído sócio-historicamente. Em cada contexto social, em cada relação vamos nos formando e confirmando o que somos.

Democracia


Para compreender a democracia é necessário buscar sua origem e compreender
seus aspectos históricos. Assim vamos retornar alguns aspectos da história da
democracia grega e compreender seus avanços e suas falhas.
Olhando para a história percebemos que o primeiro povo a interessar-se de forma substancial pela política, pela administração pública, propondo debates e demonstrando consciência em relação à participação dos cidadãos, foi o povo grego. Na
Grécia todos os cidadãos deveriam participar das decisões políticas e aqueles que se
negassem a participar eram maus vistos por seus conterrâneos. A base da democracia
grega era a igualdade e a participação. Para isso eles utilizavam o sistema de sorteio, evitando a formação de uma classe de políticos separada do povo. Todos poderiam participar e evitar-se-ia a alienação política.
Entretanto, é importante ressaltar que apenas a minoria era considerada cidadão
para aquele povo. Somente as pessoas do sexo masculino, nascido na própria cidade e
filhos de pais gregos poderiam participar da forma ativa das decisões políticas. As
mulheres, os escravos e os estrangeiros eram proibidos de fazerem parte desse processo.
Percebe-se assim que apesar de os gregos demonstrarem o gérmen da democracia, havia
ali exclusão e vários aspectos a serem superados.
Para fazer com que a democracia se efetivasse a Grécia tinha algumas instituições como, por exemplo, o Conselho dos 500, que era responsável pela administração da polis; a Ecclesia, uma assembléia geral que reunia o povo para debater questões públicas e escolher os magistrados eletivos e os magistrados, como os estrategos, que formavam uma espécie de estado-maior que reunia os comandantes militares que chefiavam os soldados de infantaria em tempos de guerra.
Outro aspecto a ser lembrado quando se fala em democracia é que devemos tomar cuidado quando a opinião da maioria sempre é a que prevalece. A sociedade não é feita somente pela maioria, existe uma minoria que tem iguais direitos, deve ser ouvida e levada em consideração. Democracia não é sinônimo de maioria. Assim não podemos esquecer que foi a maioria do povo ateniense que condenou Sócrates a morte, por não suportar ouvir seus questionamentos.
A Grécia desenvolveu ainda uma interessante forma de punição política, o Ostracismo. Significava a expulsão política e o exílio por um tempo de 10 anos daquelas pessoas que eram consideradas nocivas à democracia. Era uma prática civilizada, pois não executava o adversário político e não se tocava em sues bens. O estado também não causava danos a seus familiares, que ficavam sob proteção.
Cumpridos os dez anos de exílio, a pessoa poderia retornar e assumir plenamente os
seus direitos de cidadania.
Falar de democracia não é uma tarefa fácil. Vivemos em uma sociedade que se
diz democrática, mas presenciamos diversas situações que questionam essa verdade.
Desejamos uma democracia verdadeira, mas ao mesmo tempo tememos que não se
concretize. Isso ocorre devido às mazelas que presenciamos na sociedade. Desejamos,
mas muitas vezes não atuamos a favor dela. Impera a paralisia, a apatia e a alienação, que precisa ser combatida por meio da consciência de que a democracia é uma construção de todos nós, enquanto sociedade e de cada um, individualmente.

12 abril 2010

Marina critica Lula por declaração sobre decisões da Justiça Eleitoral Publicidade

Reportagem retirada do site http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u718824.shtml no dia 12 de abril de 2010.

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
da Reportagem Local

A senadora Marina, pré-candidata do PV à Presidência, criticou nesta sexta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ele ter dito que juiz não deve interferir no debate eleitoral. "Vi com preocupação", disse a senadora.

"A necessária reforma política que nós precisamos fazer não é para colocar os políticos acima da Justiça. Aliás, é para ajudar a colocar a política nos trilhos da justiça econômica, social e da ética", disse ela, durante viagem a Minas Gerais.

Na noite de ontem, Lula participou de um ato político de apoio do PCdoB à pré-candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT). No discurso, ele criticou decisões judiciais como as multas que sofreu do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por propaganda antecipada. Segundo ele, "não podemos ficar subordinados ao que um juiz diz que podemos ou não fazer".

Marina também fez referências ao caso mensalão. "Em função da ausência da reforma política, os partidos viraram máquinas de ganhar eleição. É só ver o que aconteceu no Congresso", acrescentou Marina. Ela já havia citado o mensalão na entrevista que dera horas antes.

A senadora não foi a única a criticar Lula pela declaração de ontem. Nesta sexta-feira, entidades que representam juízes e advogados divulgaram notas repudiando declaração.

O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, chamou de "assustadora e incompatível com a responsabilidade do cargo" a afirmação de Lula.

Já o presidente Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Fernando Cesar Baptista de Mattos, lamentou a declaração de Lula. "Não é a primeira vez que comentários dessa natureza sobre decisões da Justiça Eleitoral são feitos pelo presidente", diz.

O presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Mozart Valadares Pires, também criticou Lula. "O que o presidente precisa saber é que todos os cidadãos, independentemente do cargo que exercem, estão subordinados à legislação brasileira. E ele, mesmo como presidente, não tem o direito de infringir a lei eleitoral", afirma o juiz.

De manhã, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, disse que hoje "todos nós estamos subordinados à Constituição e à lei".