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28 julho 2009

Para educar, bater ou conversar?

A questão do desenvolvimento infantil sempre foi alvo de inúmeras pesquisas no campo da pedagogia e da psicologia. Diversos autores escreveram sobre esses temas e no decorrer da história da humanidade, ocorreram várias mudanças referentes à como as famílias e a sociedade percebiam a questão disciplinar.
Durante muito tempo, pensou-se que a punição era necessária, adequada e suficiente para educar uma criança. Contudo com o avanço das pesquisas sobre o desenvolvimento humano, assim como o questionamento sobre determinados métodos disciplinares, muita coisa mudou em busca de um novo modelo e de melhores resultados. Com essas transformações passou-se de um extremo para o outro, ou seja, da punição excessiva para a liberdade exagerada, sem regras.
Depois dessa mudança muitos pais não queriam mais punir, com medo de traumatizar os filhos, mas também não sabiam o que fazer e nem como orientar as crianças e adolescentes de outra forma, se não fosse por meio da coerção. Escola, governo, psicólogos, todos falaram sobre os efeitos nocivos da punição, mas não deram alternativas, não ensinaram os pais a agir de forma diferente. O resultado não poderia ser diferente: filhos que não obedeciam aos pais, alunos que não respeitavam aos professores, caos na sociedade.
É importante que crianças e adolescentes estabeleçam vínculos saudáveis com seus pais, mas os filhos também precisam de orientação e limites, ou seja, os extremos são igualmente prejudiciais e trazem prejuízos às relações familiares e ao desenvolvimento da criança.
O limite deve ser estabelecido, e quando os pais são hábeis na “arte de educar”, não é necessário coerção, nem punição física para tal. O limite pode ser estabelecido por meio do diálogo, do clima familiar favorável à aprendizagem e por meio do exemplo, que é o recurso mais poderoso de todos. Afinal não se ensina uma criança a ser educada e carinhosa por meio de pancadas.
O diálogo é a base de qualquer relacionamento harmonioso, saber ouvir, se colocar no lugar do outro, falar na hora certa, com o tom de voz adequado e selecionar bem as palavras para não ferir o outro. Esse é o melhor ensinamento dos pais para aos filhos!